Penetro na luz tênue, mas no coração da escuridão do imaginário. É um som suado fluindo pelas veias pulsantes. É a respiração suspensa quando se entreabrem os olhos. É a apatia de um infinito imposto, marcado; impotência para viver. É a expressão livre do desgosto e da alegria em deleitar-se com isso. Não há olhar, não há leitura, não há trabalho. Tudo está perfeitamente agarrado nas crostas de nossos sentimentos mais sombrios. Uma poeira filamentosa, quando soprada, inflama; uma ferrugem negra que morde, corrói uma fina camada apenas para aderir... Mas, enquanto se forma, protege você. O tédio sombrio protege, porque é produzido na solidão e, com a solidão, cria um escudo ferroso contra a mediocridade que está por trás da porta da vida cotidiana. Está impregnado de tédio negro, capaz de cavar em seu interior para encontrar e transformar em um dom. O tédio negro, ao abrir você, lança-o em outra dimensão, distante de toda contaminação trivial e certa. Não há certeza no tédio sombrio, pois...” É vivenciado em Você, tornando-se parte, crosta, casca de suas florestas profundas e ocultas. Uma flauta solitária na névoa de si mesmo. "Demoníaco é o vazio, e o tédio deve ser entendido como um nada que penetra toda a realidade." "Aquelas pessoas incomodadas, são os escolhidos, a nobreza!" "Sou algo mais do que uma ilusão para homens cansados." O tédio implica um momento de reflexão sobre nós mesmos, um momento de contemplação de nossa própria posição no mundo, e isso requer um tempo que sempre falta. O que é entediante não dissolve o homem, mas fertiliza a humanidade na linha horizontal de toda a vida: entrega-nos ao mortal horizontal na vida, longe de todas as naturezas inferiores. O tédio é uma necessidade que força o homem a trabalhar em si mesmo e em sua existência, não em uma superfície lisa, mas nos medos das necessidades, onde o jogo do tédio é árduo, o desejo miserável cava no tesouro linear da eternidade para se tornar uma alegria profunda e circular. Acostumando-se à excitação de capturar. Reagindo à calma entediada do associações e libertar-se das acusações de vazio, freando bruscamente a libido, onde na insônia noturna o impossível se transforma em possível, com um estímulo monótono gerado pelo som psicótico do mar material do mundo exterior. E a percepção externa subtrai o comportamento, evocando aromas de seiva em baunilha; e, conectada ao vetiver e à complexidade de um patchouli de Sumatra, de Singapura e de Bornéu, demoliu o muro do hiperativo, onde o tempo vazio se molda como um horizonte de possibilidades. Não se trata mais de gastar o tempo, mas de aceitar seu fluxo inexorável. A névoa do perdido, do viver, torna-se densa no coração, na floresta enfeitiçada dos bosques de cedro, no tapete úmido do heliotrópio, amante daquela solidão que mantém os olhos entreabertos.Na infinita questão do Tempo perdido e redescoberto, a razão elevada fermenta o vazio no vazio, com a história de uma murta, nascida como algo de uma terra pobre, elevando-se e abraçando a lavanda, delineando uma estrada reta construída na transgressão, principal fonte obscura para a busca da satisfação. O espírito da vida tem sede de novidades, de mudanças contínuas, ocupando todo o espaço da alma, como uma névoa, como o sono que impede um movimento, inebriante por não ser nada além de alguém no som contínuo de um poder supremo. Porque, ennui_noir, com sua linguagem horizontal, quer manifestar como as coisas são sobre nós mesmos” — comunicado de imprensa da marca.
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