Eau de parfum (oriental, âmbar). O material é um paradoxo: através da materialidade, evoca a imaterialidade, ensinando-nos a olhar além das aparências e que o que importa muitas vezes não é visto; uma experiência semelhante a estar num bosque e ver na sombra sufocante uma infinidade de texturas e múltiplos tons de madeira, folhas e cascas; todos juntos em um.

O material não é um mero estudo em Vanilla: é Vanilla selvagem e solta. A abertura brilha sob o halo angelical do Incenso e da resina Elemi, que juntos sobem em ondas de luz, suas raspas cítricas transformam o Absoluto de Baunilha em um bálsamo sagrado. Com um tom dourado e brilhante, anunciam a entrada do benjoim, derretendo-se em uma nuvem de fava tonka que cobre uma flor de tiare de baunilha como uma mortalha antes de cair em uma pira crepitante de madeira seca. O ronronar âmbar do ládano, a umidade rica em cacau do Patchouli e o poder animálico do Oud destacam o lado negro, mas a luz de seu reinado ainda prevalece através da polpa de damasco com mel de uma flor de Osmanthus embebida em uma poça de branco. almíscares que coagulam o final e levam a baunilha a um reino paradisíaco.